Wanderson tem 9 anos. Mora no Jardim Rio Branco, área continental de São Vicente. Estuda em um colégio municipal e está entre os melhores da classe. Hoje em dia joga xadrez duas vezes por semana. A torre, o cavalo, o bispo...essas são as peças que mudaram o jogo da vida do menino. Há pouco tempo a criança de sorriso fácil e cativante só tinha notas vermelhas no boletim. A dificuldade com os números o impedia de alcançar o desenvolvimento intelectual que seu professor desejava, no tabuleiro de xadrez ele encontrou o caminho para dar um xeque mate nas notas baixas. Junto com outras 70 crianças ele pratica o esporte que o professor de matemática ensina voluntáriamente em uma casinha simples, com pouco recurso, nos fundos da escola.
Apesar da pouca idade Wanderson conhece as dificuldade da vida e sabe que o caminho pra quem mora do lado de lá é mais difícil. Não só pelo transporte que é demorado e precário, mas pelo preconceito que é cruel e impiedoso. Conheci o Wanderson fazendo uma reportagem sobre o projeto de xadrez. Descobri que ele representa o sucesso dessa iniciativa tão brilhante. Com a ingenuidade que ainda possui, me disse que no futuro será um engenheiro civil. Não quer ser rico, espera apenas ter um trabalho e uma casa digna pra morar. Nessa hora eu precisei da concentração de um jogador para não chorar. Se isso acontecesse, eu teria que explicar para Wanderson que o sonho dele deveria ser direito de um cidadão e não esperança.
...o agora. O que precisa ser dito rápido!
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Um comentário:
mas ele conseguiu te ensinar um pouquinho de xadrez ?????? hehehehe
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