Vcs já perceberam que estamos sempre pensando e questionando se alguma coisa está certa ou errada?! Eu pelo menos sou assim. Na verdade venho tentando deixar de ser...
Qualquer novidade que aparece, lá estou eu...."mas será que deveria ser assim". Acho que muita coisa está errada, muita messssmoooo e não estou falando só dos governantes...do povo que joga lixo na rua, dos pais que abandonam os filhos, dos caras que roubam para depois colocar a culpa na sociedade, dos traficantes que usam meninos de 7 ou 12 anos como "avião"...estou falando de coisas mais simples que acontecem todos os dias embaixo do meu nariz: no meu trabalho, na minha casa, na minha família e entre os meus amigos.
Com certeza todos já viram aquela colega de trabalho que vive fazendo pose sexy se dar bem (sem merecer), aquele puxa-saco sendo promovido, aquela incompetente sendo contratada porque os pais são amigos do dono e por aí vai....pois é? Desde quando isso acontece?????? Onde acontece? Acontece sempre e em todos os lugares!
Então percebi que não dá pra questionar o que é certo ou errado. Marcar o "X" em uma das alternativas não vai mudar em nada o fim da história. Será sempre assim, certo ou errado!
Instante
...o agora. O que precisa ser dito rápido!
quarta-feira, 10 de março de 2010
domingo, 12 de julho de 2009
Oummmmmmmm....
Algum dia já te mandaram fazer Yoga?
Faz tempo que médicos, amigos e conhecidos me indicavam a prática. Pra mim, aquilo parecia até implicância. "Deve haver algo muito grave comigo" eu pensava. Como tudo que me parece imposto eu prefiro ignorar, fiquei muitos anos sem nem tomar conhecimento da tal filosofia.
Mas foi um convite displicente de uma amiga, que me mostrou algo que me apaixonei à primeira vista, ou melhor, à primeira aula.
Eu cheguei quietinha, curiosa e um pouco ressabiada... (confesso).
A sala pequena e aconhegante, tem o tamanho exato para acomodar os dez alunos, cada um com seu met (uma espécie de um colchonete fino) pra uma direção. Luz baixa, música indiana e incenso tranquilizante. A voz suave da professora comanda um relaxamento...parecia que aquela mulher que me havia sido apresentada há minutos sabia tudo sobre minha vida. Pois cada frase se encaixava bem com que sentia há muito, mas muito tempo. Na uma hora seguinte fiz posições que nunca imaginava que conseguiria. O tronco pra um lado, as pernas pro outro. Pernas pra cima, cabeça pra baixo! Sentia todos os meus músculos trabalhando e a mente limpa, leve....
Eu estava respirandoooo.... no sentido mais puro da palavra. Conseguia viver cada minuto...
A aula acabou com gosto de quero mais. Fiz a matrícula. Me sentia leve e estranha ao mesmo tempo. Como vim parar aqui? Por que só agora? O que fiz lá dentro que me deixou assim, tão diferente?
Tudo que todas aquelas pessoas me disseram no passado é pouco para o que essa filosofia pode realmente fazer por mim. Eu sei que ainda dou os primeiros passinhos, mas já sinto vontade de correr...
Todas as academias que percorri desde a adolescência e as modalidades que testei não foram capazes de me conquistar. Nunca me conformava com isso!
Percebo assim, que tudo tem a hora certa pra acontecer. As mãos que me levaram até aquele lugar tão aconchegante não surgiram a tôa na minha vida. Aliás essa pessoa já aparece em fotos da minha adolescência, mas só há alguns anos se tornou tão importante. Mas uma vez concluo: tudo que precisamos muitas vezes está na nossa frente, mas não adianta ninguém nos impor, nos obrigar... existe a hora certa e a pessoa certa pra tudo!
Namastê!
Faz tempo que médicos, amigos e conhecidos me indicavam a prática. Pra mim, aquilo parecia até implicância. "Deve haver algo muito grave comigo" eu pensava. Como tudo que me parece imposto eu prefiro ignorar, fiquei muitos anos sem nem tomar conhecimento da tal filosofia.
Mas foi um convite displicente de uma amiga, que me mostrou algo que me apaixonei à primeira vista, ou melhor, à primeira aula.
Eu cheguei quietinha, curiosa e um pouco ressabiada... (confesso).
A sala pequena e aconhegante, tem o tamanho exato para acomodar os dez alunos, cada um com seu met (uma espécie de um colchonete fino) pra uma direção. Luz baixa, música indiana e incenso tranquilizante. A voz suave da professora comanda um relaxamento...parecia que aquela mulher que me havia sido apresentada há minutos sabia tudo sobre minha vida. Pois cada frase se encaixava bem com que sentia há muito, mas muito tempo. Na uma hora seguinte fiz posições que nunca imaginava que conseguiria. O tronco pra um lado, as pernas pro outro. Pernas pra cima, cabeça pra baixo! Sentia todos os meus músculos trabalhando e a mente limpa, leve....
Eu estava respirandoooo.... no sentido mais puro da palavra. Conseguia viver cada minuto...
A aula acabou com gosto de quero mais. Fiz a matrícula. Me sentia leve e estranha ao mesmo tempo. Como vim parar aqui? Por que só agora? O que fiz lá dentro que me deixou assim, tão diferente?
Tudo que todas aquelas pessoas me disseram no passado é pouco para o que essa filosofia pode realmente fazer por mim. Eu sei que ainda dou os primeiros passinhos, mas já sinto vontade de correr...
Todas as academias que percorri desde a adolescência e as modalidades que testei não foram capazes de me conquistar. Nunca me conformava com isso!
Percebo assim, que tudo tem a hora certa pra acontecer. As mãos que me levaram até aquele lugar tão aconchegante não surgiram a tôa na minha vida. Aliás essa pessoa já aparece em fotos da minha adolescência, mas só há alguns anos se tornou tão importante. Mas uma vez concluo: tudo que precisamos muitas vezes está na nossa frente, mas não adianta ninguém nos impor, nos obrigar... existe a hora certa e a pessoa certa pra tudo!
Namastê!
terça-feira, 31 de março de 2009
Era digital ou cinema mudo?
Já fazia tempo que não vinha aqui. Não porque não tivesse o que falar, mas talvez por excesso! rs.
Tenho pensado muito "no que pode e o que não pode ser mudado" se é que vcs me entendem...
É que tenho dito tanta coisa e mudado muito pouca. Não porque não queira ou porque não tenha me esforçado. Pelo contrário. O fato é que elas NUNCA vão mudar. Algum um dia, alguém disse que seria assim e assim será. Pronto acabou. Não se fala mais nisso.
Por mais que eu ou outros façam, existem sempre aqueles lugares marcados. Pessoas que não precisam fazer mais nada. É como se estivessem acima do bem e do mal.
Só quem consegue ver atrás dessa cortina de fumaça enxerga a verdade. Mas.................é aí que eu entro....me vejo gritando.....usando um megafone, em CINEMA MUDO. Em plena era digital minha voz perde o som. Minhas expectativas perdem o brilho e mais uma vez o espetáculo que já estava pronto vai ao ar. Não importa se é analógica, digital...a cena tá pronta há anos...com os mesmos personagens. O roteiro é o mesmo! Tecnologia nova com cenas antigas.
O novo sistema ganhou seis vezes mais detalhes mas, engraçado, pouca gente percebeu o maior erro da cena.
É.....o futuro (ah! tá) aquele velho conhecido, já chegou!
Tenho pensado muito "no que pode e o que não pode ser mudado" se é que vcs me entendem...
É que tenho dito tanta coisa e mudado muito pouca. Não porque não queira ou porque não tenha me esforçado. Pelo contrário. O fato é que elas NUNCA vão mudar. Algum um dia, alguém disse que seria assim e assim será. Pronto acabou. Não se fala mais nisso.
Por mais que eu ou outros façam, existem sempre aqueles lugares marcados. Pessoas que não precisam fazer mais nada. É como se estivessem acima do bem e do mal.
Só quem consegue ver atrás dessa cortina de fumaça enxerga a verdade. Mas.................é aí que eu entro....me vejo gritando.....usando um megafone, em CINEMA MUDO. Em plena era digital minha voz perde o som. Minhas expectativas perdem o brilho e mais uma vez o espetáculo que já estava pronto vai ao ar. Não importa se é analógica, digital...a cena tá pronta há anos...com os mesmos personagens. O roteiro é o mesmo! Tecnologia nova com cenas antigas.
O novo sistema ganhou seis vezes mais detalhes mas, engraçado, pouca gente percebeu o maior erro da cena.
É.....o futuro (ah! tá) aquele velho conhecido, já chegou!
terça-feira, 1 de julho de 2008
Miss Imperfeita
(Texto da Martha Medeiros publicado na Revista do "O Globo".)
"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos ao colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se há ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê, para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.
"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos ao colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas! E, entre uma coisa e outra, leio livros. Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero. Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho. Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir. Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se há ter o tempo a favor, e não contra. A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê, para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo! Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela. Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C. Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.
terça-feira, 24 de junho de 2008
terça-feira, 3 de junho de 2008
Que horas são?
Estava me perguntando hoje ...?quantas vezes perdi a hora? Não a hora comandada pelos ponteiros do relógio, nem aquele toque insupórtável do despertador (essa tb já perdi). Mas o momento certo de fazer algumas coisas. Parece que quando passamos dos trinta, esses questionamentos começam a aparecer com mais frequência.
Perdi a hora de lutar por algumas coisas que hoje nem quero mais. Então será que eu realmente "perdi" ou foi uma escolha que fiz sem nem mesmo perceber...
Optar no presente pelo que será no futuro, acho que é difícil pra todo mundo. O problema que nossa vidas, nosso caminhos...são carregados de crenças. Planos que fizemos na infância, idealizamos e parecem nos perseguir. Descobrir que nem tudo é tão fácil, como parecia na nossa pequena cabecinha de criança, faz tudo mudar, os rumos mudarem. Mas nem sempre isso fica tão claro dentro de nós. É preciso ensaiar todos os dias o fim de alguns sonhos para que estejamos preparados para o fim do espetáculo. A verdade é que sempre que acaba um começa outro, nem sempre o mais glamuroso é o melhor. Só a maturidade e o dia-a-dia vai me fazer entender...se perdi a hora, foi porque o despertador realmente não tocou! Vai tocar na hora certa.
Perdi a hora de lutar por algumas coisas que hoje nem quero mais. Então será que eu realmente "perdi" ou foi uma escolha que fiz sem nem mesmo perceber...
Optar no presente pelo que será no futuro, acho que é difícil pra todo mundo. O problema que nossa vidas, nosso caminhos...são carregados de crenças. Planos que fizemos na infância, idealizamos e parecem nos perseguir. Descobrir que nem tudo é tão fácil, como parecia na nossa pequena cabecinha de criança, faz tudo mudar, os rumos mudarem. Mas nem sempre isso fica tão claro dentro de nós. É preciso ensaiar todos os dias o fim de alguns sonhos para que estejamos preparados para o fim do espetáculo. A verdade é que sempre que acaba um começa outro, nem sempre o mais glamuroso é o melhor. Só a maturidade e o dia-a-dia vai me fazer entender...se perdi a hora, foi porque o despertador realmente não tocou! Vai tocar na hora certa.
terça-feira, 13 de maio de 2008
Biblioteca Comunitária
?O que será que motiva uma pessoa que vive em situações tão dificeis a pensar na educação, no próximo...
Voce já parou para pensar que arrumamos sempre uma desculpa para tudo. Para não ir à academia, para não ser voluntária em uma creche, para não respeitar as leis de trânsito e por aí vai...
Bom, e o que esse comentário tem a ver com a frase anterior????
Vamos lá...
Na semana passada entrevistei uma mulher que mora na favela em uma casa de alvenaria sem acabamento. O banheiro não tem nem porta. Uma única lâmpada ilumina (muito mal) os quatro cômodos do lugar. Na sala ela tem pequenas estantes que acomodam 2 mil livros. Obras da literatura brasileira, livros didáticos de português, fisíca, quimica, matemática, história e geografia. No ínicio pagava pelos exemplares nos sebos da cidade, agora a maior parte dos livros é doada. Ela fez ali...uma biblioteca comunitária. Todos os títulos são catalogados e identificados com um carimbo. Essa mulher lava roupa pra fora para criar os seis filhos. Se ela fosse uma pessoa comum não teria dado tanto importância para os livros. Ficaria na porta de casa conversando com as outras mulheres, culpando o sistema e dizendo que a educação do país é uma porcaria. Ela pode até fazer isso, quando sobra um tempinho, mas posso afirmar que sobra pouco....
Ela atende muitas crianças durante todo o dia. Essa senhora ajuda os estudantes a fazerem pesquisas para a escola. Ela concluiu o ensino médio da maneira que pode e quer ter certeza que todos ali também irão até o fim...
Acho que ela sabe o que faz....quando estava lá naquela biblioteca simples e tão cheia de riqueza, entrou um menino bem despachado com uns seis anos de idade com uma garrafa plástica na mão e disse: -Eiiii vou que pegar um livro. Ah! mas tenho que comprar cloro. Então vou lá rápido..entrego pela janela e volto correndo. Assim também apareço na televisão.
-Pode ir Kauã, nós vamos te esperar. O páis está esperando por isso há tanto tempo...
Voce já parou para pensar que arrumamos sempre uma desculpa para tudo. Para não ir à academia, para não ser voluntária em uma creche, para não respeitar as leis de trânsito e por aí vai...
Bom, e o que esse comentário tem a ver com a frase anterior????
Vamos lá...
Na semana passada entrevistei uma mulher que mora na favela em uma casa de alvenaria sem acabamento. O banheiro não tem nem porta. Uma única lâmpada ilumina (muito mal) os quatro cômodos do lugar. Na sala ela tem pequenas estantes que acomodam 2 mil livros. Obras da literatura brasileira, livros didáticos de português, fisíca, quimica, matemática, história e geografia. No ínicio pagava pelos exemplares nos sebos da cidade, agora a maior parte dos livros é doada. Ela fez ali...uma biblioteca comunitária. Todos os títulos são catalogados e identificados com um carimbo. Essa mulher lava roupa pra fora para criar os seis filhos. Se ela fosse uma pessoa comum não teria dado tanto importância para os livros. Ficaria na porta de casa conversando com as outras mulheres, culpando o sistema e dizendo que a educação do país é uma porcaria. Ela pode até fazer isso, quando sobra um tempinho, mas posso afirmar que sobra pouco....
Ela atende muitas crianças durante todo o dia. Essa senhora ajuda os estudantes a fazerem pesquisas para a escola. Ela concluiu o ensino médio da maneira que pode e quer ter certeza que todos ali também irão até o fim...
Acho que ela sabe o que faz....quando estava lá naquela biblioteca simples e tão cheia de riqueza, entrou um menino bem despachado com uns seis anos de idade com uma garrafa plástica na mão e disse: -Eiiii vou que pegar um livro. Ah! mas tenho que comprar cloro. Então vou lá rápido..entrego pela janela e volto correndo. Assim também apareço na televisão.
-Pode ir Kauã, nós vamos te esperar. O páis está esperando por isso há tanto tempo...
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